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sexta-feira, 28 de outubro de 2011

A raposa e a máscara



Um dia uma raposa entrou na casa de um ator e encontrou uma linda máscara no meio de uma pilha de objetos usados no teatro.
Encostando a pata na máscara, disse:

- Que belo rosto temos aqui ! Pena que não tenha cérebro.

Moral da história:
Uma bela aparência não substitui o valor do espírito.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

O Riacho





Um riacho da montanha, esquecendo-se de que devia sua água à chuva e a pequenos córregos, resolveu crescer até ficar do tamanho de um rio.

Pôs-se então a atirar-se violentamente de encontro às suas margens, arrancando terra e pedras a fim de alargar seu leito.

Mas quando a chuva acabou a água diminuiu. O pobre riacho viu-se preso entre as pedras que arrancara de suas margens e foi forçado a, com grande esforço, encontrar outro caminho para descer até o vale.

Moral da história:
Quem tudo quer, tudo perde.

A Águia e a Seta



Uma águia pousada num penhasco olhava com muita atenção para todos os lados procurando uma presa. Um caçador, escondido numa fenda da montanha e em busca de caça, viu a águia lá em cima e lançou uma seta. A haste da seta penetrou no peito da águia e atravessou seu coração. Pouco antes de morrer, a águia fixou os olhos na seta:
- Ah, sorte ingrata! – exclamou. – Morrer desse jeito... Mas o mais triste é ver que a seta que me mata tem penas de águia!

Moral da História:
As desgraças para as quais nós mesmos contribuímos são duplamente amargas.

domingo, 23 de outubro de 2011

A gralha vaidosa



Júpiter deu a notícia de que pretendia escolher um rei para os pássaros e marcou uma data para que todos eles comparecessem diante de seu trono. O mais bonito seria declarado rei.
Querendo arrumar-se o melhor possível, os pássaro foram tomar banho e alisar as penas às margens de um arroio. A gralha também estava lá no meio dos outros, só que tinha certeza de que nunca ia ser a escolhida, porque suas penas eram muito feias.
"Vamos ter que dar um jeito", pensou ela.
Depois que os outros pássaros foram embora, muitas penas ficaram caídas pelo chão; a gralha recolheu as mais bonitas e prendeu em volta do corpo. O resultado foi deslumbrante: nenhum pássaro era mais vistoso que ela. Quando o dia marcado chegou, os pássaros se reuniram diante do trono de Júpiter; Júpiter examinou todo mundo e escolheu a gralha par rei. Já ia fazer a declaração oficial quando todos os outros pássaros avançaram para o futuro rei e arrancaram suas penas falsa uma a uma, mostrando a gralha exatamente como ela era.


Moral da história:
Belas penas não fazem belos pássaros.

O homem, seu filho e o burro


Um homem ia com o filho levar um burro para vender no mercado.
    – O que você tem na cabeça para levar um burro estrada afora sem nada no lombo enquanto você se cansa? – disse um homem que passou por eles.
Ouvindo aquilo, o homem montou o filho no burro, e os três continuaram seu caminho
    – Ô rapazinho preguiçoso, que vergonha deixar o seu pobre pai, um velho andar a pé enquanto vai montado! – disse outro homem com quem cruzaram

    O homem tirou o filho de cima do burro e montou ele mesmo. Passaram duas mulheres e uma disse para a outra:

      – Olhe só que sujeito egoísta! Vai no burro e o filhinho a pé, coitado...
Ouvindo aquilo, o homem fez o menino montar no burro na frente dele. O primeiro viajante que apareceu na estrada perguntou ao homem:
– Esse burro é seu?

O homem disse que sim. O outro continuou:
    – Pois não parece, pelo jeito como o senhor trata o bicho. Ora, o senhor é que devia carregar o burro em lugar de fazer com que ele carregasse duas pessoas.
Na mesma hora o homem amarrou as pernas do burro num pau, e lá se foram pai e filho aos tropeções carregando o animal para o mercado. Quando chegaram, todo mundo riu tanto que o homem, enfurecido, jogou o burro no rio, pegou o filho pelo braço e voltou para casa. 
 
Moral da história: 
 Quem quer agradar todo mundo no fim não agrada ninguém.


sábado, 22 de outubro de 2011

O Rato do Campo e o Rato da Cidade


O  Rato do Campo convidou o seu amigo da cidade para gozar durante alguns dias os bons ares do campo. O Rato da Cidade aceitou.

Quando estavam a esgaravatar a terra à procura de comida, o Rato da Cidade disse ao amigo:

- Vives uma vida cheia de dificuldades e de trabalhos. Eu, na minha casa, vivo na abundância  e estou rodeado de conforto e de luxo. Se quiseres vir comigo, partilho contigo tudo isso.

O Rato do Campo ficou maravilhado com a ideia e aceitou. Quando chegaram, o Rato da Cidade pôs à frente do amigo muitas iguarias: pão, feijões, figos secos, mel, uvas e um grande bocado de queijo que retirou de um cesto.

- Realmente tens razão! – Exclamou o Rato do Campo, encantado com tanta comida obtida sem trabalho. – Julgava que a minha vida no campo era boa, mas agora vejo que, afinal, vivo na penúria.

O Lobo e o Cão


Certo  dia, um Lobo só pele e osso encontrou um cão gordo, forte e com o pêlo muito lustroso. Via-se bem que não passava fome. O Lobo, admirado, quis saber onde é que ele conseguia obter tanta comida.

- Se me seguires, ficarás tão forte como eu - respondeu o cão. - O homem dar-te-á restos saborosos.

- Mas o que preciso de fazer em troca? - quis saber o Lobo.

- Muito pouco, na verdade - respondeu o Cão. - Uivar aos intrusos, agradar ao dono e adular os seus amigos. Só por isto receberás carne e outras iguarias muito bem cozinhadas. De vez em quando, receberás também festas no dorso.

O Lobo ficou encantado com a ideia e meteram-se ambos ao caminho. A dada altura, o Lobo reparou que o cão tinha o pescoço esfolado.

- O que tens no pescoço? - perguntou.

- Nada de grave. É da argola com que me prendem - explicou o Cão.

- Preso? Então não podes correr quando queres? - exclamou o Lobo. - Esse é um preço demasiado elevado: não troco a minha liberdade por toda a comida do mundo.

Dito isto, desatou a correr o mais depressa que pode para bem longe dali.


Moral da história:
A tua liberdade não tem preço.

O Leão velho


Um  Leão, já muito velho e sem forças, repousava no seu covil.

Os outros animais, aproveitando-se da sua fraqueza,  resolveram vingar-se dos maus tratos que ele lhes infligira quando era jovem e forte: o cavalo deu-lhe um coice, o lobo deu-lhe dentadas e o boi deu-lhe uma cornada.

O infeliz aguentou, sem um queixume. Foi então que viu um burro a correr na sua direcção, pronto para o agredir também.

- É demais! - exclamou ele. - Aceito morrer, mas ser insultado por ti é morrer duas vezes!


Moral da história:
Receber um castigo de pessoas ilustres é suportável, mas recebê-lo de ignorantes é deprimente.

O leão e o Galo



Certo  dia, estava um Leão a dormir a sesta quando um ratinho começou a correr por cima dele. O Leão acordou, pôs-lhe a pata em cima, abriu a bocarra e preparou-se para o engolir.

- Perdoa-me! - gritou o ratinho - Perdoa-me desta vez e eu nunca o esquecerei. Quem sabe se um dia não precisarás de mim?

O Leão ficou tão divertido com esta ideia que levantou a pata e o deixou partir.

Dias depois o Leão caiu numa armadilha. Como os caçadores o queriam oferecer vivo ao Rei, amarraram-no a uma árvore e partiram à procura de um meio para o transportarem.

Nisto, apareceu o ratinho. Vendo a triste situação em que o Leão se encontrava, roeu as cordas que o prendiam.

E foi assim que um ratinho pequenino salvou o Rei dos Animais.


Moral da história:
Não devemos subestimar os outros.

O Galo e a Raposa



Um  Galo velho e sábio estava empoleirado nos ramos de uma árvore. Nisto, aproximou-se uma raposa que lhe disse em tom meloso:

- Irmão, agora há paz no reino dos animais e, por isso, já não sou tua inimiga. Desce do ramo para que possamos celebrar a nossa amizade com um beijo. Depressa, porque hoje tenho muito que fazer.

- Irmã Raposa - replicou o Galo - esperemos pelos dois Galgos que se aproximam. De certo que também eles ficarão contentes com essa notícia e, assim, poderemos beijar-nos uns aos outros.

- Adeus! - respondeu a Raposa. - Estou cheia de pressa. Celebraremos a nossa amizade noutro dia.

Dito isto, desatou a correr o mais depressa que pode, furiosa com o Galo e cheia de medo dos cães.


Moral da história:
É mais fácil combater os malvados com as suas próprias artimanhas.

O conselho dos Ratos



Há  muito, muito tempo, os Ratos reuniram-se em assembleia para decidirem em conjunto o que fazer em relação ao seu inimigo comum: o Gato.

Depois de muito conversarem, um jovem rato levantou-se e apresentou a sua proposta:

- Estamos todos de acordo: o perigo está na forma silenciosa como o inimigo se aproxima de nós. Se conseguíssemos ouvi-lo, podíamos escapar facilmente. Por isso, proponho que lhe coloquemos um guizo no pescoço.

A assembleia recebeu estas palavras com entusiasmo. Foi então que um Rato Velho se levantou e perguntou:

- E quem é que vai colocar o guizo no pescoço do Gato?

Os ratos começaram a olhar uns para os outros, e não houve nenhum que se oferecesse para levar a cabo semelhante tarefa.

Então o Rato Velho terminou, dizendo:


Propor uma solução é fácil, o difícil é pô-la em prática.

O Burro com a pele do leão




Certo  dia, um Burro encontrou uma pele de Leão que os caçadores tinham deixado a secar ao Sol.

- Vou cobrir-me com ela e assustar toda a gente – pensou ele.

Assim fez, e assustou todas as pessoas e todos os animais que encontrou. Muito orgulhoso do seu feito, zurrou muito alto, cheio de alegria.

Foi o seu erro, porque nesse momento todos perceberam pela sua voz que ele, afinal, era apenas um Burro.

O dono, que tinha apanhado um grande susto, resolveu castigá-lo e deu-lhe umas valentes pauladas.


Moral da história:
Não queiras parecer aquilo que não és.

As lebres e as Rãs


Certo  dia, uma Lebre queixou-se amargamente às amigas:

- Vivemos uma vida pavorosa porque temos medo de tudo: temos medo dos homens, dos cães, das águias, das raposas... enfim, somos obrigadas a dormir com um olho aberto e outro fechado, prontas para fugir.

Todas concordaram e lamentaram-se dizendo que mais valia morrerem do que viverem sempre assustadas, com medo de tudo e de todos.

Nisto, passaram por um charco. Quando as Rãs que aí viviam sentiram a sua aproximação, saltaram espavoridas para a água, fugindo delas.

Então, disse uma das Lebres:

- Amigas, deixemo-nos de lamentos! Vejam como também nós podemos assustar outros seres!


Moral da história:
Não há na terra um cobarde que não encontre outro mais cobarde ainda.

A tartaruga e os Patos

Era  uma vez uma Tartaruga que queria conhecer o mundo. Confiou este seu desejo a dois Patos que viviam perto dela, numa lagoa.

Um belo dia, a lagoa secou e os Patos prepararam-se para partir. Antes, porém, foram despedir-se da sua amiga e fizeram-lhe um convite:

- Se quiseres, podes vir conhecer o mundo connosco. Cada um de nós segura a ponta de um ramo e tu agarras-te bem a ele com a boca. Assim, ficarás em segurança e poderás ver, lá do alto, cidades e reinos maravilhosos.

A Tartaruga nem pensou duas vezes: aceitou o convite e, nesse mesmo dia, partiram todos à aventura. Sobrevoaram aldeias, cidades e reinos de encantar. Quando passavam por cima de um campo, os camponeses admiraram-se com o que viram e gritaram:

- Vejam! Vejam! Uma Tartaruga a voar!

- Como sou extraordinária! - gritou a Tartaruga cheia de orgulho.

Porém, assim abriu a boca, largou o ramo e estatelou-se no chão.


Moral da história:
Aceita o triunfo com modéstia.

A Raposa e o Corvo

Era uma manhã quente e o corvo estava descansando no alto de um ramo de azinheira. Sentia-se muito bem à sombra, e tinha no bico um belo pedaço de queijo. Como estava contente!
- Ah, isso é que é vida! dizia, regozijando-se. Piscava os olhos com deleite e franzia o nariz para poder, desse modo, cheirar melhor o saboroso manjar.
Entretanto, uma raposa estava ao pé da azinheira. Cheia de fome, ficava imaginando uma forma de roubar o queijo. Hum! Como cheirava bem! Seu aroma era irresistível. Conhecia bem o ponto fraco do outro e, por isso, teve uma idéia.
- Oh, amigo corvo! disse. Há quanto tempo não o ouço cantar! Que é que se passa? Não me diga que perdeu a bela voz?
- Não, claro que não! Espere um pouco que já lhe mostro amiga raposa!
O corvo, levado pela sua vaidade, abriu o bico, pois de outra forma não conseguiria cantar. E, nesse mesmo instante, o queijo escapou e caiu no chão. A raposa, que se encontrava bem atenta, apoderou-se do suculento num abrir e fechar de olhos, dizendo:
- Estas são as conseqüências de dar ouvidos aos elogios, amigo corvo!
A raposa foi-se embora tranqüilamente, sem sequer olhar para trás. Enquanto o corvo, no lugar que ocupava, dava saltos de indignação. Veja você o que pode fazer um elogio no momento oportuno.
  

A Raposa e a Cegonha


Um dia a raposa convidou a cegonha para jantar. Querendo pregar uma peça na outra, serviu sopa num prato raso. Claro que a raposa tomou toda a sua sopa sem o menor problema, mas a pobre da cegonha com seu bico comprido mas pode tomar uma gota. O resultado foi que a cegonha voltou para casa morrendo de fome. A raposa fingiu que estava preocupada, perguntou se a sopa não estava do gosto da cegonha, mas a cegonha não disse nada. Quando foi embora, agradeceu muito a gentileza da raposa e disse que fazia questão de retribuir o jantar no dia seguinte.

Assim que chegou, a raposa se sentou lambendo os beiços de fome, curiosa para ver as delícias que a outra ia servir. O jantar veio para a mesa numa jarra alta, de gargalo estreito, onde a cegonha podia beber sem o menor problema. A raposa, amoladíssima, só teve uma saída: lamber as gotinhas de sopa que escorriam pelo lado de fora da jarra. Ela aprendeu muito bem a lição. Enquanto ia andando para casa, faminta, pensava: "Não posso reclamar da cegonha. Ela me tratou mal, mas fui grosseira com ela primeiro".

Moral da história:
Trate os outros tal como deseja ser tratado. 

A Formiga e a Pomba


Estava  uma Formiga junto a um regato quando foi apanhada pela corrente. Uma Pomba que estava pousada numa árvore sobre a água viu que ela estava quase a afogar-se e teve pena dela. Para que se pudesse salvar, atirou-lhe uma folha. A Formiga subiu para cima da folha e flutuou em segurança para a margem do regato.

Pouco depois, apareceu um caçador e apontou para a Pomba. A Formiga, percebendo o que estava para acontecer, picou-o no pé. O caçador sentiu a dor da picada e moveu-se ruidosamente. Alertada, a Pomba voou para longe e salvou-se.


Moral da história:
O melhor agradecimento é o que se dá quando os outros mais precisam de nós.

A Cigarra e a Formiga


Num  dia soalheiro de Verão, a Cigarra cantava feliz. Enquanto isso, uma Formiga passou por perto. Vinha afadigada, carregando penosamente um grão de milho que arrastava para o formigueiro.

- Por que não ficas aqui a conversar um pouco comigo, em vez de te afadigares tanto? – Perguntou-lhe a Cigarra.

- Preciso de arrecadar comida para o Inverno – respondeu-lhe a Formiga. – Aconselho-te a fazeres o mesmo.

- Por que me hei-de preocupar com o Inverno? Comida não nos falta... – respondeu a Cigarra, olhando em redor.

A Formiga não respondeu, continuou o seu trabalho e foi-se embora.

Quando o Inverno chegou, a Cigarra não tinha nada para comer. No entanto, viu que as Formigas tinham muita comida porque a tinham guardado no Verão. Distribuíam-na diariamente entre si e não tinham fome como ela. A Cigarra compreendeu que tinha feito mal...

Moral da história:
Não penses só em divertir-te. Trabalha e pensa no futuro.

O Pavão e a deusa Juno



Certo  dia, o Pavão foi queixar-se à deusa Juno:

- Tenho uma plumagem maravilhosa, mas a minha voz não se compara com a do Rouxinol. Por que não me concedes uma voz igual à dele?

A deusa recusou, mas o Pavão insistiu:

- Sou a tua ave favorita. Por que não me dás o que te peço?

Já um pouco aborrecida com a conversa, a deusa respondeu-lhe:

- Deves agradecer o muito que já tens. Não podes ser o melhor em tudo!


Moral da história:
Aproveita bem as tuas qualidades e não invejes as dos outros.

O Homem que foi mordido por um Cão




Certo  dia, um homem foi mordido por um cão. Muito aflito, correu à procura de alguém que o tratasse.

Encontrou um amigo que lhe deu o seguinte conselho:

- Molha um pouco de pão no sangue da tua ferida e dá-o ao cão que te mordeu. É remédio santo. Verás que te curas num instante.

O homem que tinha sido mordido riu-se deste tratamento e respondeu:

- Se fizesse o que me dizes, estaria a convidar todos os cães da aldeia a morderem-me!


Moral da história:
Não recompenses quem procedeu mal, pois, assim, incitas a que faça ainda pior.

O Galo e a Pérola







Um  Galo comilão andava pela quinta à procura de comer. De repente, viu uma coisa a brilhar no chão.

- Olá! Isto é para mim – pensou ele enquanto desenterrava o que encontrara.

Mas o que era aquilo? Nada mais, nada menos, do que uma pérola que alguém perdera. Desdenhoso, o Galo murmurou:

- Podes ser um tesouro para as pessoas que te apreciam. Mas, no que me diz respeito, trocava de bom grado uma espiga de milho por um punhado de pérolas iguais a ti.


Moral da história:
Nem todos apreciam do mesmo modo as coisas valiosas.

O Cão e o seu reflexo no rio



Era  uma vez um cão que encontrou um osso. Abocanhou-o e correu para casa para o saborear com calma. Pelo caminho, teve que passar por cima de uma tábua que unia as duas margens de um riacho.

Nisto, olhou para baixo e viu o seu reflexo na água. Pensando que era outro cão com um osso, resolveu roubar-lho. Para o assustar, abriu a boca e arreganhou-lhe os dentes. Ao fazê-lo, o osso caiu na água e foi arrastado pela corrente.


Moral da história:
Contenta-te com o que tens e não cobices o que pertence aos outros.

A Rã e o Boi



Estavam  duas Rãs à beira de um charco quando a mais nova comentou:

- Comadre, hoje vi um monstro terrível: era maior do que uma montanha, tinha chifres e uma longa cauda.

- O que viste foi apenas o Boi do lavrador - esclareceu a Rã mais velha. - E, além disso, não é assim tão grande... Eu posso ficar do tamanho dele. Ora observa.

Dito isto, começou a inchar e a esticar-se muito, muito...

- O Boi era tão grande como eu? - perguntou ela quando já estava tão grande como um Burro.

- Ó, muito maior! - respondeu a jovem Rã.

Então a Rã mais velha respirou fundo e inchou, inchou... até que rebentou.

Moral da história:
Mantém-te sempre no lugar que te corresponde.

O Urso e os dois viajantes


Certo  dia, dois homens viajavam juntos quando um Urso se atravessou no seu caminho. Um deles subiu a uma árvore e escondeu-se nos seus ramos. O outro, percebendo que ia ser atacado a qualquer momento, deitou-se no chão.

Quando o Urso o começou a cheirar, o homem  susteve a respiração fingindo-se morto. Ao fim de algum tempo, o Urso foi-se embora.

Certificando-se que o Urso não voltava, o outro viajante desceu da árvore e, com ar brincalhão, perguntou ao amigo:

- Afinal o que é que o Urso te segredou ao ouvido?

- Deu-me este conselho: «Nunca viajes com um companheiro que te abandone perante o perigo» - respondeu-lhe o amigo.


Moral da história:
Os amigos conhecem-se nos momentos difíceis.

O Morcego e a Doninha


Um  dia, um Morcego caiu num buraco de uma Doninha e foi apanhado por ela. Pediu-lhe que lhe poupasse a vida, mas a Doninha recusou respondendo-lhe que não o podia fazer porque era inimiga dos pássaros.

- Mas eu não sou um pássaro, sou um rato! – argumentou o Morcego.

Ouvindo isto, a Doninha poupou-lhe a vida e deixou-o partir.

Pouco tempo depois, o Morcego voltou a cair e foi apanhado por outra Doninha. Desta vez, quando o Morcego lhe pediu que lhe poupasse a vida, a Doninha respondeu que não podia, porque detestava ratos. 

- Mas eu não sou um rato, sou um pássaro! – respondeu-lhe o Morcego.

A Doninha deixou-o partir, poupando-lhe a vida.

Moral da história:
É bom sabermos adaptar-nos às circunstâncias.

O Lobo ferido e a Ovelha



Um Lobo, gravemente mordido pelos cães,  jazia deitado no chão. Como tinha fome e sede, pediu a uma Ovelha que lhe trouxesse água de um rio que corria ali perto. E acrescentou:


- Se me trouxeres de beber, eu próprio me encarregarei de encontrar de comer.


- Sim - respondeu-lhe a Ovelha. - Se eu te trouxer de beber, sem dúvida que eu própria serei o teu almoço.

Moral da história:
Não confies nos malvados, mesmo que pareçam ser bem-intencionados. 

O Leão, a Raposa e o Rato


Era  um dia de Verão, o Sol ia alto no horizonte e o Leão dormia calmamente a sua sesta. Nisto, um Rato trepou para cima dele e desatou a correr. O Leão acordou sobressaltado e pôs-se às voltas sobre si mesmo, à procura do Rato. A Raposa, que o observava, criticou-o dizendo:


- Que grande Leão, cheio de medo de um Rato...


- Não é do Rato que tenho medo - respondeu-lhe o Leão. - Estou admirado com o seu à vontade e com a sua coragem.

Moral da história:
Nunca subestimes o valor dos outros.

O Leão os três Bois


Havia  três bois que costumavam pastar sempre juntos. Um Leão  emboscou-se na esperança de os caçar, mas estava com receio de os atacar enquanto estivessem unidos. 

Usando a sua  astúcia, conseguiu que lutassem entre si, separando-os. Então, atacou-os sem medo e devorou-os um a um.

Moral da história:
A união faz a força.

O Javali e a Raposa


Estava  um Javali na floresta a afiar os dentes numa árvore, quando apareceu uma Raposa. Vendo o que o Javali estava a fazer, perguntou-lhe:

- Por que estás a afiar os dentes? Os caçadores não saíram hoje e não vejo outro perigo por perto.

- É verdade, minha amiga - respondeu o Javali. - Mas, no momento em que a minha vida correr perigo preciso de usar os dentes e, então, será tarde demais para os afiar.

Moral da história:
Prepara-te para as dificuldades.

O Burro, a Raposa e o Leão




O  Burro e a Raposa acordaram proteger-se mutuamente e foram juntos para a floresta em busca de comida. Mal tinham começado a caminhada quando encontraram um Leão. Perante este perigo, a Raposa aproximou-se do Leão e propôs-lhe:


- Se me poupares, ajudo-te a caçares o Burro sem grande esforço. 


O Leão aceitou a troca. Satisfeita, a Raposa voltou para junto do Burro e tranquilizou-o:


- Não tenhas receio porque o Leão prometeu que não nos fará mal.


O Burro acreditou no que ela disse e continuou a pastar despreocupadamente. Mas, a pouco e pouco, a Raposa conduziu-o para a beira de uma ravina e provocou a sua queda.


Vendo que o Burro já não podia fugir-lhe, o Leão atirou-se à raposa e comeu-a.

Moral da história:
Não confies nos teus inimigos.

A Raposa que perdeu a cauda




Uma  Raposa foi apanhada numa armadilha. Conseguiu escapar, mas ficou sem a cauda porque a armadilha a cortou.


Sentindo-se envergonhada e ridícula, pensou convencer as outras raposas a cortarem também as suas.


Reuniu um bom número de amigas e explicou-lhes que, sem cauda, não só ficariam muito mais bonitas, mas também se livrariam de um peso inútil.


Ouvindo isto, uma das raposas interrompeu-a e perguntou-lhe:


- Se não tivesses perdido a tua cauda, também nos aconselharias a cortar as nossas?

Moral da história:
Tem cuidado com quem te dá conselhos tendo em vista os seus próprios interesses.

A Raposa que perdeu a cauda




Uma  Raposa foi apanhada numa armadilha. Conseguiu escapar, mas ficou sem a cauda porque a armadilha a cortou.


Sentindo-se envergonhada e ridícula, pensou convencer as outras raposas a cortarem também as suas.


Reuniu um bom número de amigas e explicou-lhes que, sem cauda, não só ficariam muito mais bonitas, mas também se livrariam de um peso inútil.


Ouvindo isto, uma das raposas interrompeu-a e perguntou-lhe:


- Se não tivesses perdido a tua cauda, também nos aconselharias a cortar as nossas?

Moral da história:
Tem cuidado com quem te dá conselhos tendo em vista os seus próprios interesses.

A Raposa e o espinho




Certo  dia, andava uma Raposa a trepar uma colina quando pôs uma pata em falso e escorregou. Para não cair, agarrou-se a um arbusto cujos espinhos se lhe enterraram nas patas. Bastante ferida queixou-se ao arbusto:


- Pedi-te ajuda e afinal fiquei bem pior do que se me tivesse deixado cair.


O arbusto interrompeu-a dizendo:


- Onde é que tinhas a cabeça quando te agarraste a mim? Não sabes que é meu costume magoar os outros?

Moral da história:
Nunca peças ajuda a quem tem por costume fazer mal.

A Raposa e o Lenhador



Uma  raposa, perseguida por caçadores, cruzou-se com um lenhador e pediu-lhe ajuda. O lenhador aconselhou-a a entrar na sua cabana e a esconder-se num canto.


Pouco depois, apareceram os caçadores e perguntaram ao lenhador se tinha visto a Raposa. Este respondeu-lhes que não mas, enquanto falava, apontou para a cabana. Os caçadores não compreenderam os seus gestos e, como acreditaram nas suas palavras, foram-se embora.


Livre de perigo, a raposa saiu do esconderijo e preparou-se para seguir o seu caminho sem dizer nada.


- És uma  ingrata. Salvei-te a vida e nem sequer me agradeces - censurou-a o lenhador.


Ouvindo isto, a Raposa respondeu-lhe:

- Ter-te-ia agradecido e muito, se tivesses actuado tão bem como falaste e se as tuas mãos não tivessem  atraiçoado as tuas palavras.

Moral da história:
Actua de acordo com o que dizes.

A Raposa e as Uvas


Uma  raposa esfomeada passou por uma latada e viu uns cachos de uvas muito apetitosos. 

- Estas uvas parecem muito sucolentas - pensou ela. - Tenho que as comer! 

Tentou apanhá-las saltando o mais alto que pode, mas em vão, porque as uvas estavam fora do seu alcance. Então desistiu e afastou-se. Fingindo-se desinteressada, exclamou:

- Pensei que estavam maduras, mas vejo agora que ainda estão muito verdes!

Moral da história:
Não te enganes a ti mesmo se as coisas não correrem como desejas.

A Lebre e a Tartaruga



Um  dia a Lebre encontrou a Tartaruga e ridicularizou o seu passo lento e miudinho.


- Muito bem - respondeu a Tartaruga sorrindo. – Apesar de seres tão veloz como o vento, vou ganhar-te numa corrida. 


A Lebre, pensando que tal era impossível, aceitou o desafio. Resolveram entre elas que a raposa escolheria o percurso e seria o árbitro da corrida. No dia combinado, encontraram-se e partiram juntas. 


 A Tartaruga começou a andar no seu passo lento e miudinho, nunca parando pelo caminho, direita até à meta.


 A Lebre largou veloz, mas algum tempo depois deitou-se à beira do caminho e adormeceu. Quando acordou, recomeçou a correr o mais rapidamente que pode.  Mas já era tarde... Quando chegou à meta, verificou que a Tartaruga tinha ganho a aposta e que já estava a descansar confortavelmente.


Moral da história:
Devagar mas com persistência completas todas as tarefas.